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O Coração foi morto no céu: o juízo o matou. |
Não é apenas uma explicação de como o mal criado surgiu, mas como o Bem
ressurgiu: faz parte do genoma, dos genes, do Gênesis, da origem de um corpo
doente, de um universo em suspensão, da matéria suspensa: não é uma explicação
para a gravidade, mas da gravidade moral, da razão em funcionamento, cujo
posicionamento ocupa o centro primordial da razão, um ponto obscuro, de onde se
ergue toda a decisão: o local onde os pensamentos orbitam, como um fenômeno
gravitacional.
No escuro da ilusão, o enigmático acontece: o lado negro da luz
transparece: o espírito das sombras: um fantasma aparece: não era algo pra ser visto,
testemunhado, mas o que ficou registrado foi o nascimento do pecado: todos
viram, mas não aceitaram a explicação: foi
Deus que criou.
A dúvida está no ponto onde os dois se misturam, mas, que ponto é esse
que hora se esconde e hora aparece, como se existisse ponto obscuro, como se
houvesse a obscuridão: a identificação acontece: o que é aquilo..? como aquilo foi parar ali..?! - algo que não está em seu devido lugar, além
do mais vestido daquele jeito, não parecia do local, algo sobrenatural,
anormal, imoral e descomunal, um animal: aquilo não é natural. Mas o efeito
desaparece e você percebe que não houve uma aparição, que você viu algo, mas
aquilo foi apenas a sua imaginação, aquilo de fato não existe e nunca existiu,
foi apenas uma criação da sua mente, uma idéia, não havia nada ali: apenas um
desentendimento, que o conhecimento chama de desconhecido: a mistura da
razão: separá-las, geraria uma solução aquosa, limpa, transparente, sem
suspensão, sem suspeitas: não poderia haver detritos ou atritos em algo que se
chamou unidade, a ciência da
verdade, por quê que uma única coisa não era capaz de fecundar-se a si
mesma[?], e transmitir esse algo fecundado a alguém, sem passar por um processo
de germinação:
Falo da separação, qual a
explicação?
Para os Judeus, Deus criou o Universo, mas o Universo não é Deus: Deus é
um espírito, e o Universo, uma matéria, um corpo:
E a Dualidade espírito-e-corpo foi
criada: digo, algo foi criado: O Diabo. E com ele, o pecado.
Se não houvesse Universo, não haveria o Diabo, porque o Diabo não
existiria em Deus.
Foi na Criação, todos concordam, não é?! Até então, o Diabo não existia,
não é?! Então, eu chamo atenção para este instante
Divino, para que se atentem que havia algo mais que a existência de Deus
presente naquele momento... : Claro que não havia nada além de Deus, mas
isso pode ser entendido como algo que se
separou de Deus: existe uma concordância que o Universo é uma coisa e Deus
é outra, não é?! Mas todos entendem que são a
mesma coisa, não, às vezes sim e às
vezes não... : eu sei: é a mistura da razão, o tal fantasma que aparece e
desaparece, o tal fenômeno da luz, o lado negro, pontos obscuros: você acredita
ao mesmo tempo em duas possibilidades: a tal dualidade, uma esfinge da
razão. Mas pensamos que o Universo é o corpo de Deus, como Cristo já foi: ou ele era o espírito, ou era os dois?
Digo, ele era Cristo e ele era Deus..[!] E que, por isso, Ressurgiu..[!]:
entendi, fui rápida demais: o fantasma desapareceu, não se sabe ao certo o que
se viu, mas ele fugiu, sumiu.
Quando se tenta entender o unitarismo, é algo que se tem que se
acostumar: as coisas estão sempre desaparecendo: digo, a alegria de ter
encontrado algo sempre desaparece, e às vezes você agradece: “amém!! Ainda bem
que eu não vi nada e desentendi tudo!”.
Por isso, anotar os fenômenos são importantes:
Primeiro: que ele sempre acontece quando uma mistura aparece. E segundo:
ocorre uma separação. E terceiro: uma regeneração: Falo da Purificação.
Por que Deus criou um corpo? A
princípio, pode parecer estranho a idéia de que Deus queria botar algo pra fora de si: aquilo que saiu de
suas entranhas, de sua essência, de sua pureza, de seu interior.
Como argumentar que o interior de Deus continha impureza, algum tipo de
fraqueza, ou imperfeição? Deus criou algo sujo? Seria argumentar que Deus criou
a mulher e a natureza pelos mesmos motivos.. e, por que não dizer, o
Universo também? Mas por que Deus faria isso? Teria Deus assumido o risco de
fabricação, algo que compensaria com uma restauração? Ou teria sido Deus pego
de surpresa, o inesperado, o tal ponto cego da luz, foi algo que Deus não
viu[?], mas que corrigiu tarde demais, ou, ao seu devido tempo, fazia parte de
um planejamento? Seria então a criação tão complicada que, teria Deus se
atrapalhado e cometido algum erro infantil? Ou mesmo, imbecil... incompetente,
já que era o único ali presente? Foi algo que já foi discutido
anteriormente, está no tópico O Inculpetente:
Cristo explica que a inculpetência é a educação. Segundo ele, deveria
existir uma única ocupação, ou, uma pré-ocupação: Ele. Ele assumiria a
prioridade em todas as ações, constituindo-se, assim, como o maior pressuposto
Bíblico: o artefato primordial da Fé.
Ele, “Deus”, como se autodefiniu, tinha que estar sempre em 1º lugar, e
não só isso: não poderia haver concorrência, qualquer coisa que tirasse a
atenção de sua Primordialidade, seria considerado pecado: o Cristão deveria
estar ocupado única e interinamente com Ele. Isso está presente em todas as
passagens, mas sem dúvida, a mais visível é a passagem de Ruth e sua irmã
“desocupada”, despreocupada, ou, pré-ocupada. A passagem tá lá, e é
emblemática. Qualquer coisa que não se enquadre com esse estereótipo, é
entendida como uma má criação: e a culpa será do educador: Uma resposta mental
para o problema da Criação.
Segundo eles, o problema original da má criação poderia ser simplesmente
resolvido pela Educação: a Mente educaria o Coração.
É dessa forma que deve ser entendido a Inculpetência em Cristo: A Má
Criação: Você a criou, mas mesmo assim, apresenta ter defeitos. Como
explicá-la então[?]: “Tem que ter algum culpado”: e ele achou. Para Cristo, o
culpado era a Terra, o Diabo, Satã, a Serpente... .
Havia falado no tópico anterior sobre o inferno, um lugar que nunca
existiu: e fora o meu entendimento, postei o entendimento-ou o
desentendimento-padrão da unidade. É uma constante entre Escolares explicar os
motivos de Deus, por quê que hora ele perdoa, hora ele mata, quais os motivos
de Sodoma, quais os motivos de Go-morra, motivos sempre associados a morte, a
destruição: e todos vinculados a uma única palavra: a purificação. É a mesma
que justifica o Dilúvio, o Vesúvio, e o fim de uma Geração e, curiosamente, o
começo de outra, dando sempre uma idéia de restauração.
E no hall de explicações dessas ideias interessantes, está o processo
constante da limpeza, a retirada da impureza: o retorno a um status quo, um
status que antecede a Criação: a
Essência do Criador.
Por isso, tem procedência a consequência do Criador em se questionar onde foi que falhou: na tentativa de
afastar de si a culpa, se constituindo um problema em si mesmo.
A discrepância da natureza é a limpeza, a naturalidade
defeituosa.
Trabalho diferente de Deus, é algo que já sabia, por isso, já tinha
feito anteriormente, por ser algo que falaria certamente, a incompetência mexe
com a minha paciência, por isso, é mais fácil entender como um erro besta, um
erro humano: acreditar que não ia falhar.
Ou será que a Criação, ao contrário do que se pensa, foi feita para corrigir uma falha, um problema de geração[?]: A corrupção: ela é
constante, e acontece continuamente, algo que desafia a mente: como algo limpo
pode se contaminar constantemente? Haveria então um problema espiritual, um mal
inexplicável, uma doença insanável e o espírito de Deus estaria contaminado?
Mas com o quê?! A resposta era algo que se constituía em si mesmo um problema:
algo que ameaçava a sanidade mental de Deus: como se separar de si mesmo[?!] e,
ainda assim ser um só? Digo, ser si mesmo...! Era algo quase sexual, que
ameaçava a sua homensexualidade:
E foi neste contexto que o Universo foi Criado: um corpo que Deus
fecundou: um campo, uma dimensão, externa ao seu Ser. Mas seria essa então a
intenção de Deus? Uma purificação? Não seria a reprodução?
Não: a reprodução é uma
purificação: Uma coisa somente é
criada para que ela possa ser limpa.
Talvez não faça sentido, mas é o Princípio
da Separação: é ela que move o princípio Criativo.
Então, Deus criou o Universo para poder limpá-lo?! Não, ele não é tão
generoso assim: Ele Criou o Universo para poder limpar-se.
O raciocínio é bem simples, e eu gostaria que vocês realmente prestassem
atenção no que eu vou falar agora, senão vocês não vão aproveitar a vinda do
Messias, digo, a passagem do Messias terá sido inútil, porque vocês darão
testemunho que todo sacrifício foi em vão, que Paulo falou merda e que Corintos
15 é um depoimento de um louco que testemunhou contra Cristo: Deus precisava limpar o Universo para que
ele pudesse fazer parte de sua espiritualidade outra vez.
Ok, falei rápido demais outra vez: Deus estava sujo, precisava
se limpar, criou o universo. Você deve ter acompanhado
o raciocínio: Deus, ao se dar conta de sua contaminação, percebeu que tudo que
ele criasse, sairia contaminado, por isso, não poderia ser uma criação
espiritual, ele precisava criar algo que não fosse espiritual, por isso, a matéria foi criada, algo que não era ele: ele sabia que
aquilo ali estaria sujo por default: mas ele, astutamente, bolou um plano de
limpar aquilo, purificando, transformando aquilo tudo em espirito outra vez: só
mesmo Deus poderia ter uma idéia tão genial: criar algo que não era ele e, ao
mesmo tempo que joga toda a impureza pra lá, dá um jeito de purificar aquilo e
reintegrá-lo de novo, tornando espírito outra vez, claro, Deus é um
espírito, tá escrito no Torá: ele não
tem um corpo. Inclusive este é um dos motivos pelo qual Cristo foi morto:
Deus é um, senão Deus seria duas
coisas. Mas antes que o fantasma apareça, vamos em frente: se ele já tiver
aparecido, esqueça: não tem como resolver: você vai apenas ficar brincando de
acreditar em duas coisas ao mesmo tempo, sei que já se faz isso o tempo todo:
mas pelo menos agora, que se tente acreditar que Deus é realmente uma única
coisa, e nesse momento sublime da razão, acrescentar algo que já foi dito: Toda
Purificação é um processo de Destruição:
“Anne, peraê, foi demais..! não se trata de velocidade, mas de loucura...!
Deus criou o Universo para destruí-lo?!”
Não, amigo: purificá-lo. Qualquer pergunta que envolva a separação, é
sempre a mesma: purificação:
a pureza é uma constante divina: separar o mal: aquilo que não é de Deus.
Perceba que Deus separa e
Cristo ocupa: dois movimentos: Posse e Propriedade. Cristo dizia que,
após a separação do mal, haveria a ocupação: a ocupação com Ele: é dessa forma
que ocorreria a ocupação: a destruição da
parte ocupada, que, em Cristo, é basicamente a Educação.
Entenda isso não como uma fotografia, mas um funcionamento, algo como
uma máquina funcionando: Deus desejava criar algo, mas percebeu que se criasse
naquele momento, aquilo sairia impuro também. Por isso, a Criação de Deus deve
ser entendida como um enorme desejo de se
livrar do mal, ou, um enorme
fracasso: leia-se: purificar-se,
era algo que o incomodava, algo que o desafiava, que ameaçava sua integridade
moral, aquela coisa às vezes o submetia, e o fazia desacreditar em si mesmo,
como se tivesse perdido sua sanidade mental, a ponto de descrença de sua
própria existência, fazer perder o juízo, que aquilo ali era a morte: uma perda
total. Por isso o enorme desejo de matá-la, eliminá-la de si mesmo, mas como
fazer isso sem o autorisco, ou pior, perder uma parte por isso: afetaria sua
integridade: como assim a perda de uma
unidade?: perder o que quer que fosse, aquilo era Ele: e foi assim que Deus
começou a pensar na Separação: era algo inevitável, ela tinha que existir, não
importa o tempo que durasse, poderia durar uma eternidade, mas ele voltaria a
ser ele outra vez: mas não o mesmo ele, o ele glorificado, o ele purificado: Foi desse jeito que o Universo foi Criado.
E ele só vai parar quando todo o universo for purificado: e somente existir o
espírito de Deus outra vez.
Do mesmo modo que Deus separou os Judeus das outras raças, os impuros,
Cristo separou os Apóstolos dos Judeus: Deus separou os Judeus do mundo, e Cristo
separou o Mundo dos Judeus.
Por isso a crença é que o ser humano é para ser purificado e purificá-lo
também: esse processo começaria na Terra, para em seguida, estender-se a todo o
Universo: daí a necessidade de destruí-lo também.
Perceba que Cristo, quando reapareceu, ele parecia vivo: ele havia
morrido e se tornado um corpo espiritual e voltado ao seu estado quase original,
quase porque é compreendido que seu
processo de purificação aconteceu na Terra: sua parte humana, que ao ser
destruída, foi purificada. E isso não tem a ver com o fato de Cristo ter
cometido ou não algum pecado, manifestado algum tipo de fraqueza, Cristo
gostava de beber e comer e, sabe-se lá de que mais, mas a essência de seu
pensamento é essa: como separar as coisas:
de outra forma, não se voltará a Deus. E foi nesse contexto que o inferno
foi criado, um local: o espírito impuro não pode retornar à terceira partição da
ação, um redutor: mas igual ao corpo que desapareceria, os espíritos seriam
limpos no inferno: e, posteriormente, reiterados aos céus: ao espírito de Deus.
Foi algo falado no tópico anterior, o inferno seria uma partição
estendida do Céu. Como foi visto, não há uma explicação pro inferno, as
partições, ou, subpartições, são sempre áreas de transferências, que possuem um
caráter provisório, elas tendem a desaparecer. A unidade, pra funcionar, digo,
para que se racionalize de forma unitarista, uma logística foi criada: a
Dialética: e ela possui três partes. É de onde se ergue o conceito de Pai, Filho e o Espírito Santo, a Santíssima
Trindade. Em tudo que fazemos e pensamos, existe esse conceito de começo, meio e fim. Esse tipo de
entendimento é interessante, pelo descanso que produz a mente em lidar com os
supercomplicados verbos ser e estar. Em meus desenhos Dimensão da Mente,
mostro como isso funciona. E darei uma atenção especial ainda maior no tópico
Produtividade, que aborda especificamente o problema que envolve a
racionalidade da unidade: que é basicamente a forma de pensar dos Sumérios, que
foi transmitida aos Judeus, que transmitiram aos Cristãos, que é um tipo de
entendimento das coisas: de que isso é feito e o que isso faz.
Antropologicamente, os outros povos não pensavam assim desse jeito, eles
também tinham defeito, mas tinham uma outra compreensão, racionalizavam de
forma completamente diferente dos cristãos.
Entendemos historicamente que quando uma raça domina a outra, é porque
essa é a vontade de Deus, não é simplesmente
a Lei do mais forte. E isso seria a explicação do por quê que essa ideologia
prevaleceu.
Mas o que falo aqui não é dos méritos de uma raça e do seu incrível
conhecimento, mas do seu funcionamento
e da necessidade de que, ainda que não se entenda, se perceba a existência da Partição:
é de fato algo complicado e explicarei ela de modo separado. Se falo sobre ela
agora é porque é importante no entendimento da purificação. Um pensamento mais simples é de que “o corpo não é eterno, que o próprio universo
não é eterno, que um dia ele deixará de existir, quando a última estrela se
apagar”: é evidente, pela forma de pensar que adquirimos, que um outro universo será criado.
Mas ainda que se entenda como um processo natural, é inevitável perceber
que se trata de uma destruição.
Quando se pensa de forma unitarista, não se tem outra compreensão. Porque isso
tá descrito na Bíblia.
Os motivos por que isso acontece
é que não estão bem compreendidos, apesar de estar totalmente em Cristo, há
uma tentativa de descompreender que tal processo se trata de uma Purificação.
E o motivo já foi falado: a compreensão do problema esbarra na essência de Deus: A impureza virou um entrave, que
separa a própria solução do problema. No tópico passado, falei sobre a pureza
de Cristo e, é algo que não há solução: e botei o desenho do rato: e o
questionamento ali é o seguinte: se Cristo fosse um rato, passaria por um
buraco, se deixasse um sapato na sala-de-estar? O que seria do ser se não tivesse um lugar pra ficar?
Perceba que o ser deixa
momentaneamente de existir, se perder uma posição no tempo: o estar.
Paulo discutia com os Fariseus sobre o problema proposto de que Cristo teria deixado na terra partes suas:
unha, cabelo, sangue, pele, carne: e Paulo argumentava que não ficou nada, que tudo retornou a ele quando ele voltou pro
céu e que assim seria para os cristãos, quando morressem também.
A questão é que tudo que retorna a Deus tem que ser puro, e como
Cristo era totalmente puro, nenhuma
parte sua poderia ter ficado na Terra.
Essa é a questão básica que envolve a partição. Imagine se aquele rato tivesse perdido o nariz, subido ao
Céu e deixado seu nariz na terra: a imagem não poderia ser reintegrada
novamente.
Os cristãos, talvez por inocência, ou, incompetência, discutem questões que
não são de tamanha relevância, no que tange à pureza de Cristo e sua
Ressurreição, como Jehoiachim, a
pureza de Maria... coisas irrelevantes. A questão que envolve a pureza, é
estritamente vinculada à racionalidade da unidade. Existe um problema de
Purificação: essa é a questão.
Isso acontece porque a unidade tá sempre se subdividindo em um processo
eterno de autocorreção: um mal,
localizado cada vez mais fundo, nas proximidades do interior. Chamamos de
profundeza o esconderijo do inimigo: pode ser um verme ou vírus, ele é pequeno
mesmo: por isso, a limpeza é importante, a contaminação da unidade à menor
partícula da verdade: é por lá que deve começar o processo descontaminação.
De todas as coisas que já falei, escrevi, inclusive a própria tese
Produtividade e O Terço, nada é mais surpreendente e estarrecedor, nauseante e,
ao mesmo tempo, tão presente, do que a Purificação: e sempre que me deparo com
ela, eu tenho sempre um encontro com Deus, uma oportunidade de olhar pela
última vez pra cara de Cristo, uma constatação sofrida de poder olhar pra cara
do bicho e poder dizer ‘Então fostes
tu..’, é uma sensação que não pode ser sentida se você não tiver sofrido
ainda com a purificação: a purificação tá presente em tudo que fazemos, que
pensamos e que vivemos, é o próprio ar que respiramos, por isso que dizemos que
respiramos ar puro, a água que
bebemos também, e a comida...essa é só perguntar da ANVISA ou da FDA: a
Medicina nos deu o latu sensu da compreensão, mais ainda, a dimensão dessa
palavra, porque a Purificação é a
Palavra de Deus, é a Ação Primordial de
Deus, é o átomo de todas as nossas relações sociais: foi o entendimento que
tivemos da natureza, ninguém come nada sem lavar antes, inventamos até uma água
especial, a sanitária, você não
beberia uma água da fonte sem antes examiná-la, porque você pensaria logo que a fonte é limpa, mas pode estar
contaminada... e a contaminação pode leva-lo a morte, a uma doença sem
cura: não ficaria bem pra Deus não ter
uma solução pra essa loucura: uma loucura que ele mesmo não sabe como
começou, e como contaminou toda a sua Criação. A Purificação é daquelas coisas
que tem que pendurar na parede e olhar pra ela todo dia, pra que um dia você
possa dizer “Tu não me mete mais medo, porque hoje eu tou purificado.”: por
isso, escrever sobre a purificação é, sobretudo, um grande alívio, algo que não
vou falar outra vez.
Mas antes que desenvolva meu pensamento sobre a purificação, é
necessário lembrar uma característica do povo Judaico. Em outros tópicos,
comentei sobre o problema que rondava a palavra pureza, em linha geral, cita-se Levíticos e Deuteronômios, mas em
todo o Judaísmo, em todo o Torá, em Midrash’s e em toda uma teologia que se
seguiu dentro do Judaísmo, não houve uma explicação da impureza, a explicação sempre é meia-taça: escolares argumentam que
a questão da impureza de fato não tem uma explicação, não possui uma origem,
uma pré-existência, mesmo a questão do pecado original não é considerada a
origem da impureza, Satã não é considerado a origem da impureza.
Como já foi dito, na religião Judaica - e quando digo Judaísmo estou me
referindo especificamente ao Torá - não existe um conceito de inferno: e é
realmente frustrante você sair de mãos vazias, as respostas são sempre uma fuga,
algo como “a orientação é que se valorize a pureza e a dignifique, como ela
agrada a Deus e como a limpeza é importante”: Você pode procurar, mas não tem
de fato uma explicação da impureza. Pelo outro lado, a pureza é vastamente
potencializada e aí sim, existe um vasto material, está cotada no Torá.
E essas coisas me chamaram a atenção: eles não têm explicação ou não
querem dar explicação[?].
Quando você aprende um pouco mais sobre a psicologia Judaica, você acaba
percebendo alguns tipos de patologias. Um deles é um tipo de cinismo racional: a própria figura de Satã é um bom
exemplo desse duelo da mente. Não existe também uma explicação ou uma
pré-existência pra Satã, ele simplesmente apareceu. Em Hebreu ele se chama S’n[Stn],
ele é o conselheiro de Deus, veja você. Conselheiro porque é a única pessoa a
quem Deus escuta: e dá importância a seus dizeres. É uma espécie de fiscal da
conduta moral do povo Judaico. Se alguém fala alguma coisa da boca pra fora e
Satã desconfia que o Judeu tá de ‘migué’, não tá envolvido sentimentalmente ou
não deu a devida importância praquilo que Deus pretendia, ou ainda, possui uma
intenção duvidosa, não priorizou Deus, será levado ao conhecimento do Criador:
e o Criador tomará as devidas providências: Deus levará a uma investigação e,
se forem constatadas as suspeitas de Satã, haverá consequências, e haverá
sacrifícios. Geralmente, Deus abre uma quest, que resultará em morte de alguém.
O curioso é que Satã tem o hábito de conversar com a vítima, geralmente ele
pega um Judeu desprevenido e começa a questioná-lo sobre o que ele está fazendo
ser certo ou errado. O mais conhecido nessas histórias paralelas que envolvem
os personagens do Velho Testamento, é a de Abraão e Isaac.
Mas imaginemos Satã perguntando a Abraão alguma coisa do tipo “então,
Abraão, tu tás feliz por matar Isaac?”, Abraão saberia imediatamente que estava
enrascado, ele pensaria ‘puta que pariu, é Satã..! Ou será que seria Deus
fazendo mais uma de suas pegadinhas..?’ Mas era
melhor ficar calado, e falar o mínimo possível, Satã poderia piorar a
conversa aprofundando ainda mais, tipo “É teu desejo matar Isaac?”, e ele teria
que responder obrigatoriamente que sim: ele diria “É, mas não é de meu coração”,
e isso significa “vou andar com minha integridade.”: “Tou fazendo a coisa certa, seguindo a vontade de Deus..!”: e o
que é isso extamente[?]: a existência de concorrência,
alguma coisa competindo com Deus na atenção, situação clara de pecado. No Judaísmo, toda a verdade não
é clara de propósito, ou com propósito: ela é espalhada, para que
se crie um estreótipo, um padrão de comportamento, para que se reúna a que
contém as qualidades de um com a que
contém os defeitos de outro e se crie
um personagem. É o caso de Cain e Abel: Cain pegou uma fruta da terra, do inimigo, e Abel sacrificou um novilho:
havia sofrimento em Abel, mas não havia em Cain. No entanto, Cain foi capaz
de matar por Deus, independente do sentimento: e isso agradou Deus, mas Cain
inutilizou uma semente: e isso tornava ele nitidamente improdutivo, não podendo
tirar a força da terra. Isso me chamou muita atenção:
E esse é o contexto que me refiro: os Judeus tinham um tipo de relação
com Deus baseada no sofrimento, um
deus patrão, que mantém a firma: aquele que não sofre, jamais será um bom
trabalhador, será um déspota. Não bastava apenas arar a terra, mas transmitir seu sofrimento a ela: temos
que tomar cuidado com essa palavra ao máximo, que envolve o entendimento de
potencial, não só a tradução é tomar
como seu significado é tomar para si a
força de outro, não é no conceito de aproveitar,
usufruir, mas de posse, chupar a laranja até não sobrar mais nenhuma gota, esgotamento...matar, destruir: a dominação a que se refere o Gênesis é
de que o
espirito do inimigo se copia na terra, na condição de campo, uma partição: E também de
corpo, quando partição humana: isso tá incrivelmente alinhado com Mateus 13, onde
Cristo fala desse mesmo tipo de esgotamento: não é que aquilo aumentaria o
ganho ou lucro, mas que aquilo diminuiria as perdas. Mas não era só
isso: havia uma cobrança para a existência de um tipo de sentimento: quando se busca um ótimo produtivo, existe um
esgotamento físico, porque a intenção é destruir o corpo, a ponto de não crescer mais nada do inimigo. Essa foi a falha de Cain,
não transmitiu o sentimento de Deus a terra, ele não tiraria os sentimentos
da Terra sem que botasse os sentimentos de Deus nela também. Desde o início, o
homem sequer tinha sido criado e a inchada já havia sido setada: por que outros
povos não fizeram[?], burrice, não entendimento da terra, entendimento diferente.
A terra é entendida como lugar do inimigo,
por isso tem que ser trabalhada, pois pegar desgraça do inimigo desgraçaria o
plano de Deus, Deus teria a mesma sentença de Cain: cada inchadada na terra tem
que ter sofrimento, a amargura em troca da doçura, não poderia ser feito como
simples trabalho, mas um trabalho amaldiçoado
que tivesse cara de purificação de
pecado, assim deveria ser entendido o pão de cada dia: não apenas mera sobrevivência.
Isso tudo seria transferido a Deus, e seria posteriormente entendido como Merecimento. Não há absolutamente nada
de novo, exceto pelas intenções de Deus.
O cristão entende o sofrer exatamente desse jeito.
Se ele se mata todo dia é por Cristo, seu sofrimento não é uma
consequência, mas a razão de sua
existência, o mal não sai se o bem
não entra, é algo que precede a
separação, a transferência do sentimento de Deus, e nesse caso, o
sentimento que o homem transferiu a terra, não foi por desconsiderá-la, mas
porque tinha a intenção de matá-la: foi
esse sentimento que se seguiu.
No entanto tenta-se desentender os comandos e justificá-los como consequências
evolutivas, e tenta-se envolver o inimigo em questões das quais sequer deveriam
ser cotadas. A palavra, desde o início,
foi o instrumento utilizado: por
isso, o início deve ser reinterpretado.
Não é propriamente uma psicologia do trabalho, mas que Deus estaria
procurando raça, povos, espécie, que possuíam uma característica de
sofreguidão, que estavam dispostos a sacrifício: esse tipo de gente estaria de
acordo com o tipo de servo que ele estava
procurando. O próprio Judaísmo admite que Deus procurou outras raças, mas que
eles foram os únicos que aceitaram.
Por isso chamo atenção do perfil dos Judeus: eles tinham uma relação com Deus
diferente, o Deus deles estava na Terra, ele participava dos problemas
familiares e econômicos, um verdadeiro pai, não era um Deus tântrico como
outras religiões, ele era um cara que acompanhava o dia-a-dia do Judeus, era um
cara sacrificado, Deus estava procurando pessoas que estavam dispostas a
trabalhar o dia todo, fizessem horas extras, botassem a empresa em primeiro
lugar, esse perfil foi sendo falado e distribuído: e o cara que mais se
aproximou desse perfil foi exatamente Cristo:
ele gostaria de um exército desse cara, cloná-lo. Esse perfil começou a ser redesenhado no cativeiro, na Babilônia,
por aquilo que chamo de Médio Testamento,
lá foi configurado a idéia de Diabo e Inferno, uma justificativa para pureza excessiva: uma guerra existencial estava sendo travada a nível
cósmico, aquilo de alguma forma afetava a existência de Deus também, ‘o que for solto na terra, será solto no céu’:
e Satã foi mudando de figura e foi tomando uma nova roupagem, não era apenas um
personagem da mente, um crítico da razão, mas alguém estava montando um exército baseado na impurificação, no
sentido de destruir de vez a essência de Deus e o Judeu era o único capaz de evitar esse desastre: e
estava alheio a esses detalhes, sem dar atenção a existência do mal: O
comprometimento deveria ser total, a necessidade de entender a sina, o destino,
esbarrava em aceitar a morte e como a morte deveria ser entendida:
fazia parte do plano de Deus, como uma etapa funcional. O judeu deveria
atender, aceitar e permitir que Deus o
usasse para auto purificar-se, isso implicaria em sua morte, destruição de
seu corpo: mas a essência de Deus, presente em seu corpo, após a limpeza bem-sucedida,
voltaria para Deus: e isso significaria
uma espécie de vida eterna: por
isso, o entendimento da existência, a
relação de servidão era basicamente um conceito de purificação.
Isso foi falado exaustivamente no tópico A Untagem, o Judeu havia se
tornado ‘psico’ com limpeza, mas não era apenas uma limpeza comum, corporal: havia
um background, a pureza, de modo que
não vou desenvolver o tema outra vez, porque já o fiz. Esses conceitos de purificar o corpo, foi-se, ao longo dos
anos, modificando, transmutando-se para purificação
do espírito.
É quando Cristo apareceu. Os conceitos que envolvem a purificação, há
muito séculos já estavam discriminados no interior do Judaísmo, sendo o núcleo
de todas as decisões.
Em Marcos 7, como já foi falado, Cristo acrescentou que todos esses
rituais Judaicos, embora certos e possuíssem algum valor, eram vazios, por serem ineficientes, não matava o
inimigo.
A reinterpretação de Gênesis 13.5 foi a base de todo o pensamento que
se seguiu: Satã era agora um inimigo
declarado: e a explicação foi que ele apareceu depois que o universo foi
gerado:
É explicação de Paulo: mas não
está claro em Cristo se ele não
existiu desde o início como parte
integrante de Deus. Criou-se uma roupa nova para o novo personagem, o
inferno foi criado, mas sem que isso estivesse exatamente em Cristo.
Mas, em meu entendimento, é que Cristo
sabia e conhecia o problema da impureza de Deus: e que a purificação
é algo que foi abafado porque induziria
um risco de compreensão da unidade, ao mesmo tempo que botaria em cheque a
própria pureza de Cristo: E é nesse
ponto que Paulo se separa de Cristo.
Como alguém impuro vai descontaminar alguém, e como isso poderia ser
transmitido, sem que o mal se copiasse outra vez[?]: é nesse cenário que a Ressurreição assume o papel fundamental e botaria um fim
na contaminação, ao mesmo tempo que serve de um bom exemplo de como ocorre a purificação: ela seria total,
a idéia de que não fica nada na terra, e que a limpeza teria sido bem sucedida e
que, o que voltou para Deus, estava sem a
presença do mal, livre de contaminação.
Bom não vou ficar repetindo o que já foi dito, mas finalizar meus
argumentos de que: dada a tamanha importância, tamanha a preocupação, tamanha a
dimensão da pureza, totalmente renderizada ao longo de Milênios na cultura
Judaica, é o suficiente para botar Deus
sob suspeita e questionar se a sujeira sempre existiu e que possui um único criador. E que sua
descontaminação seria um motivo de sobrevivência do próprio Deus, vital para um
processo Universal. Ele começaria com a descontaminação de uma raça, os Judeus:
os outros povos, depois. Seguindo sempre aquele movimento, a parte limpa
retornaria a Deus: E parte suja ficaria
na terra, a qual será destruída posteriormente, ou, limpa: Caso essa
parte suja não possa efetivamente ser limpa, ela será jogada no inferno, a subpartição,
onde ela ficará até o dia que possa ser limpa e retornar a Deus: e nesse caso,
será quando o inferno for destruído. Bom, a subpartição inferno é algo muito pouco entendido em termos Bíblicos, é algo que
foi inicializado posteriormente, digo, posterior ao Torá e aos Evangelhos, não
foi contextualizado nem por Paulo nem por Cristo. Pra via de regra, o inferno é
a Terra: e essa é a interpretação mais correta, porque a terra, por si só, já é
a partição da limpeza, o próprio inferno,
ou simplesmente, a lixeira do céu. Por
isso a idéia, a nível dos Evangelhos, de que Cristo teria vindo ao mundo
imundo, em uma missão Purificadora: é algo que faz sentido a todos, sem que se
entenda exatamente seus porquês.
A lógica é bem simples: aquilo que não for limpo, fica na terra, não
sobe, será incinerada posteriormente, virará purpurina. O problema está no
Arrebatamento e no Livro das Revelações, que tratam assuntos diferentes e, na
tentativa de fundir os dois, acabaram fud3nd0 o fundido em uma coisa só: mas a
interpretação é sempre a mesma, a impressão é que uma subpartição foi criada:
e a questão do Trono Branco não esclarece quem de fato vai queimar o impuro, dá
margem pra interpretações: Cristo estará presente, mas não é ele exatamente
quem vai matar ou queimar, ele falava muito “Faça isso em minha presença”, no
sentido que os outros fizessem por ele, não ele próprio, mas como ele era o
chefe, o mandante, então a personificação do ato é endereçada a sua pessoa. E de
fato, a inexistência de um substancialismo Bíblico que suporte a existência de
um inferno na terra como uma subdivisão ou uma partição estendida, nos dá a
nítida clareza de que foi algo mal entendido, porque, pra João, a purificação
ocorre na Terra, e terra, pra João, é possivelmente entendida como um lugar da consciência: mas terra, para
Paulo, é um lugar físico.
De fato, a purificação atente às duas demandas: tanto pode funcionar no
corpo quanto a nível de consciência. Ela se tornou um problema porque um zumbiismo foi criado: essa questão que
os mortos se levantarão, havia muitos pormenores, havia não, eles existem,
porque nenhum morto se levantou depois de Cristo, e isso por si só já é um
problema, porque, aquelas pessoas eram puras, por que não ressurgiram
também[?].. é provável que, três dias após a morte de Pedro, eles tenham aberto
a tumba e o corpo de Pedro ainda estava lá, e eles tiveram a triste
constatação: Pedro não era puro: mas
isso, é claro, é algo que todos já sabiam,
A explicação acabou sendo a da
Segunda Trombeta: haveria um momento
para isso. A questão era que... aonde
estava o espirito, exatamente, de quem estava aguardando esse dia: apodrecendo
ao lado do corpo, íntegro, embaixo da terra, ou, vagando em algum outro
lugar[?] O que aconteceu com Pedro, por exemplo[?], digo, em concordância com o
exemplo exposto acima.
O espírito é algo que habita,
ele não fica solto poraí: e Paulo, de fato, não foi convincente:
Fariseus, Saduceus, coliseus, pseudoseus, fabuleus... o que aconteceu?[!]:
o Judeu não se entendia mais. Embora o racha entre Fariseus e Saduceus tenha
dominado a cena do crime, não só a nível de escritura, mas historicamente,
havia um ponto comum, único, de divergência, que escapava as
interpretações do Torá: maior que a Idolatria, maior que o Halakhah, maior até
que o Messias: a Ressurreição: ela é
o ponto de difusão, o ponto de separação,
o maior motivo até hoje dessa grande e enorme confusão: e isso tem um enorme
porquê, que não ficou atentado em suas devidas proporções, porque embora a
Ressurreição em si fosse o motivo da divergência, não que não existisse outros,
mas de fato ela era o maior, e é até hoje: a
Purificação.
Não se tratava apenas de um ato
de fé, havia algo muito mais relevante do que a esperança, como Paulo muito bem
relatou:
Quebro meu raciocínio momentaneamente e boto nos dizeres do Paulo,
Corintos 15, para que vocês sintam o clima, porque simplesmente, essa é a segunda
passagem mais importante da Bíblia.
Pra isso é necessário desconsiderar momentaneamente a figura de Paulo, quem era Paulo exatamente, mas o
conteúdo de suas palavras. O
motivo é um só, e não poderia ser diferente, porque estamos falando de unidade: e Paulo põe em cheque o racionalismo
da unidade: Paulo havia percebido
que a unidade possuía uma geometria, uma matemática de background: e
dentro desse entendimento, propôs uma solução. E a solução era que o corpo
tinha que retornar a Deus. O interessante é que nessa passagem, ao propor
tal coisa, Paulo teria extrapolado o Torá.
[Paulo corintos 15]:
“Agora eu torno conhecido a vocês, irmãos, o evangelho
o qual eu preguei a vós, o qual também vocês receberam e onde vocês se mantém.
Pelo qual também vocês são salvos, se vocês se manterem firme da maneira
que eu preguei a vocês, a menos que vocês tenham acreditado em vão.
Pois eu entreguei a vós primeiro de tudo, o qual eu também recebi: como
que Cristo morreu por nossos pecados, de acordo com as escrituras:
E que ele foi enterrado: e que ele ressurgiu de novo de acordo com as
escrituras:
E que ele foi visto por Cephas, e após isso pelos onze.
Então ele foi visto por mais de 500 irmãos de uma vez: dos quais muitos
permanecem até este presente, e alguns estão caídos em sono.
Após aquilo, ele foi visto por James: então por todos os apóstolos.
E último de tudo, ele foi visto também por mim, como por alguém nascido
fora do devido tempo.
Pois eu sou o último dos apóstolos, o qual não sou digno de ser chamado
de um apóstolo, porque eu persegui a igreja de Deus.
Mas pela graça de Deus, eu sou o que eu sou. E a graça dele em mim não
foi em vão: mas eu trabalhei mais abundantemente que todos eles. Ainda assim
não eu, mas a graça de Deus comigo:
Pois seja eu ou eles, então nós pregamos: e assim vocês acreditaram.
Agora se Cristo é pregado, que ele ressurgiu de novo dos mortos, como é
que alguns dentre vocês dizem que não existe ressurreição dos mortos?
Mas se não existe ressurreição dos mortos, então Cristo não ressurgiu de
novo.
E se Cristo não ressurgiu de novo, então nossa pregação é vã: e a fé de
vocês também é em vão.
Sim, e nós somos falsas testemunhas de Deus: porque nós demos testemunho
contra Deus, que ele ressurgiu Cristo, o qual ele não ressurgiu, se os mortos
não ressurgem.
Pois se os mortos não ressurgem, nem Cristo ressurgiu.
E se Cristo não ressurgiu, vossa fé é em vão: pois vocês ainda estão nos
seus pecados.
Então também aqueles que caíram em sono em Cristo estão perecidos.
Se nessa vida nós apenas tivermos esperança em Cristo, nós somos de todos
os homens os mais miseráveis.
Mas agora Cristo é ressurgido dos mortos, os primeiros frutos daqueles
que dormem:
Pois por um homem veio a morte: e por um homem a ressurreição dos
mortos.
E assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos deverão
ser tornados vivos.”
Toda naturalidade será vestida, ou toda nudez será descoberta...! Digo,
que a verdade se manifeste. – Isso não faz parte de Corintos, é apenas um
comentário ao superincrível Paulo. Sem ele, a Bíblia não teria a menor graça. As
leituras de Paulo são as únicas verdadeiramente divertidas. Tudo que ele fala
cheira a falsidade, e isso tem cara de
verdade, digo, verdade naquilo que ele acredita, se não fosse o fato de que ele
a cada momento está tentando se convencer daquilo e ele não esconde, por isso
eu o admiro, é algo que ele precisa ficar falando constantemente sobre isso, e
dá pra imaginar a sensação de alguém que recebe uma carta de Paulo, mesmo sem
abrir e lê-la, já sabia o seu conteúdo: “Paulo
já sabe que eu não acredito”: e a reação era imediata: “eu não vou abrir essa carta, porque Paulo tá tentando roubar a minha
fé, com o único intuito de fortalecer a sua, quer roubar o que eu não tenho pra
provar que o que ele tem é verdadeiro, como se o corpo que tenho fosse falso, e
a parte inteira dele é a verdade. Pô, que merda a unidade..!”.
Bom, é apenas um pedaço de Corintos 15, a questão aqui é o nível de preocupação de Paulo e que,
se perceba que ele usa uma série de relações
de perdas: ‘perderíamos isso’, ‘perderíamos aquilo’ e, no final, ‘estaríamos
testemunhando contra Deus’: ele faz um raciocínio decrescente e no final
acrescenta que tudo deixaria de existir
rapidamente. Talvez não seja claro pro leitor que Paulo está se movendo em dimensões,
se utilizando de uma linha temporal. Talvez não seja visível a
geometria, mas Paulo caminha do exterior
pro interior. E no entanto, a idéia é que ele caminha numa linha
ascendente, na direção Terra-Cristo-Deus.
E o que é isso exatamente[?]: um racionalismo.
E essa é a estrutura, digo, a espinha
dorsal da Teoria do Arrebatamento. E Mais ainda: Uma solução pro Torá, uma solução que integraria todas as facções dos Judeus: basicamente, uma solução
pra Fariseus e Saduceus. De modo que a Ressurreição não se tratava apenas de um
dogma realmente, ou simplesmente, uma solução pra uma raça, mas a sobrevivência
da Unidade: sem um corpo, a Unidade perderia
sua Integridade. Por isso, antes que eu responda se o racionalismo de Paulo
foi certo, é necessário falar de algo menos complicado, mas que gerou
incompreensão também: a existência do Médio
Testamento:
Entendemos a existência da Idade Média como uma ‘parte média’ da
história, mas desentendemos que existiu o Médio
Testamento: e ele existiu: são as Escritas Judaicas Babilônicas. Mas não
poderia fazer isso sem voltar a Paulo e esclarecer melhor quem era esse rapaz:
porque ele se trata do Segundo Cristo, ou, do Primeiro Cristo: as escritas de
Paulo dominaram o Evangelho, e trata os quatro Evangelistas como burros, existe
uma manipulação visível em Lucas, por Paulo, e uma complementação entre Mateus
e Marcos, conectando idéias.
Por isso, retorno ao problema da Partição:
é como o corpo tem que ser entendido, uma Partição:
um espaço vazio a ser preenchido. É como deve ser entendido o inferno: uma
partição, um espaço vazio a ser preenchido. É importante que se perceba a
geometria da unidade. E é isso que o inferno é, basicamente: um espaço
geométrico. Por ser uma partição estendida, a sua existência será sempre
temporária.
Havia postado, no tópico anterior, o problema da preexistência do
inferno, se essa partição teria sido
cotada realmente. Pra quem leu este artigo, é visível que o autor não
conseguiu explicar. O inferno está cotado na Bíblia sim, mas está presente no
Médio Testamento, no Judaísmo Babilônico, ou Persa, ou Helênico, mas não está
presente nos Evangelhos, digo, aqueles que foram validados.
Bom, por isso a idéia de inferno
pareceu uma boa explicação: era óbvio que todos que morreram antes de Cristo
foram parar lá: mas Paulo não foi claro sobre onde, de fato, eles estavam:
o que Paulo sabia, ele não disse, digo, escondeu a geometria de seu pensamento:
e direcionou, sabiamente, a sua filosofia, para as necessidades de seus
ouvintes: e isso foi o mais importante: que seriam
todos limpos, não ficaria ninguém, que Deus não seria um irresponsável, nem
Cristo um mentiroso ao dizer que voltaria: Havia um motivo para isso e isso
explicava a Ressurreição: e o Universalismo é algo que não pode ser entendido
pela via da igualdade, porque o que se pretendia com o inferno, o que se
pretendia com a ressurreição, era a solução praquilo que era o único e verdadeiro
motivo de toda uma ginástica teológica que se seguiu: havia algo escabroso, o qual, no início do artigo
chamei de o ponto cego da luz, algo
que sistematizava algo obscuro: a purificação.
Por isso, falei primeiramente do Médio Testamento, depois, falei de Paulo, e
depois falei dos Fariseus e Saduceus e do Torá: coisas difíceis de ser
entendidas e absorvidas, tornando impossível explicar a geometria da unidade,
ficando esta por último e estará contida na linha do timeline que escolhi pra
tratar esse assunto. As pessoas são tendenciosas a explicar o mundo por ciências
políticas e econômicas, e essas explicações são sempre vazias, não há uma explicação
de fato pra democracia, o que a Democracia é de fato é as fases da igualdade. E nesse sentido, a China é Democrática, os
Países Islâmicos são democráticos, o que vai definir se aqueles países de fato
praticam/acreditam em suas idéias, é o fator unidade. A Democracia é uma
unidade: onde houver unidade, haverá Democracia.
Bom, é isso, o que eu tinha pra falar de Cristo, já foi. Não sou
blogueira. Meus objetivos é basicamente registrar algo, por escrever muito e às
vezes acabo perdendo. E como vocês devem ter notado, tenho respeito pelo
sentimento do Cristão com Cristo, sei do que se trata. Mas, sobreviver às
minhas acusações, tanto do volume como forma de expressar esse sentimento, não deve
ser confundido com o juízo. É uma memória, endereçadas a seres especiais, seres
que vão entender que isso se trata de um caminho, uma forma de quebrar as
amarras, destruir a caixa preta, que habita o interior de um quadrado vazio.
Por isso, o objetivo implícito de todo esse material é para que se
chegue ao ponto daquilo que se acredita verdadeiramente, o que verdadeiramente
foi escrito, e suas formas mais básicas, mais próximas, de uma verdade narrada
e contada. Quase dez anos de minha vida foram dedicados a produzir e compor
esse material e a dificuldade em analisar todo o material bíblico, indo até
mais além, o Torá. Mas ainda não terminei. Mas os próximos passos agora são diferentes:
vou falar daquilo que se conhece realmente: a tecnologia, a ferramenta de execução
da democracia.
Baseado em tudo que se aprendeu da Bíblia, entender aonde, exatamente, o
mundo em que vivemos é derivado daquilo que se acreditou. Entender a máquina
que Cristo aperfeiçoou, sua Padaria, quando
você come a comida do amanhã, como isso está perfeitamente afinado com Adam
Smith, com Marx, com Keynes, com Malthus, com Locke e Robes. Na coluna de
Direito, com Rousseau, Montesquieu, com Schumpeter e Dawn.
Não mais através dos Evangelhos, mas através de uma geometria. Não através
de um pensamento dialético, mas de uma forma clacissista, uma forma diferente de pensar. Isso dará suporte pra você
voltar aos Evangelhos e relê-los outra vez e aplicar uma outra metodologia. Você
vai reler e vai ver coisas que não via antes. E vai me agradecer ou vai me
odiar por isso.
Esse material foi escrito há mais de um ano atrás, mas me senti na obrigação
de fazê-lo, primeiro, pra me livrar de um peso-morto, e segundo, porque era necessário
eu dar continuidade ao ponto onde eu queria chegar, que era a Produtividade, eu
ia ter que relacionar com os Evangelhos, por isso, precisava chegar a um nível de
ideias comuns e a ideia não era propriamente polemizar ou tecer críticas, mas
que se constituísse uma base, na qual todos concordam, onde todos acreditam. Por
isso que as teses são grandes e massivas, eu mesmo sofri tendo que relê-las
antes de publicar, e o sentimento é realmente de “todos viram? Eu não vou fazer mais isso”.
E de tudo isso, o que eu deixo, o que eu tento passar é o entendimento
de que não se precisa de uma história completa de Cristo, que Cristo não tem
nada escondido, ele é prático e visível, uma única frase sua é o suficiente pra
saber não só o que ele acredita, mas aquilo que ele sente. Por isso, àqueles
que acreditam que coisas que ‘foram mudadas’, ou que ‘existe um Cristo oculto’,
e isso envolve o verdadeiro sentimento Cristão, o “ainda não aconteceu”.. : desistam disso, porque o mundo está
exatamente como Cristo previu. A questão da cura está em acreditar que ela virá
e, com ela, a solução pra imortalidade. E acredite: a solução é a
Produtividade: é ela que vai fazer você dar o salto e navegar na dimensão da
mente, ao infinito e além”: a semente
do amanhã, é ela que vai garantir o seu futuro.
Agradecimentos a todos que me acompanharam nessa incrível jornada nos
Evangelhos, que não dobraram seus joelhos na terra porque tiveram seu calcanhar
esmagado pela Serpente. Eu sei que vocês foram treinados pra não ouvir, além do
mais da boca de uma mulher, digo, de uma fêmea. Isso tem cara de Paraíso,
aquele lugar que nunca existiu, nunca existiu pro filho: o homem e seus
descendentes, porque de fato a terra nunca seria um lugar natural.
Por isso, daqui pra frente, a toada é a Democracia: o que é essa fé
virtual.
‘A natureza não nos engana, nós que nos enganamos.’
[Rousseau].